Te'yikue
Fotos: Elivelton de Souza
O World Body Project tem promovido encontros quase inacreditavéis nesse seu curto tempo de vida, como esse, com o Ñanderu Emiliano Hilario. Ñanderu é o pai, o rezador, o cacique de 65 anos, da aldeia indígena Guarani Te'yikue, que fica em Caarapó MS. Me emociona muito um encontro desse tipo, ver minha arte chegando até pessoas que provavelmente nunca ouviram falar de arte contemporânea, essa arte tão urbanizada, enraizada nos grandes centro urbanos do mundo. Me emociona conseguir colocar pessoas como o Emiliano no projeto, poder eternizar uma pedacinho da vida de uma pessoa como ele, um lider para seu povo.
O World Body Project também chama a atenção para esses povos indígenas que vivem naqueles locais fora daquelas áreas mais conhecidas, turísticas, como a amazônia por exemplo, pra onde o olhar nacional e internacional está voltado, onde as ONGs endinheiradas montam seus QGs e as celebridades costumam aparecer pra posar para os fotógrafos ao lado de índios vistosos, preparados especialmente para o evento.
É preciso valorizar a comunidade indígena do Brasil de forma igualitária, pois todos estavam aqui quando os colonizadores aqui chegaram.
A boa notícia é que existem bons projetos que prestam excelentes serviços à essas comunidades, como o projeto TEKO ARANDU, um bom exemplo que mostra que preservação da cultura própria não significa isolamento, mas sim a valorização daquilo que eles tem de melhor, da sua identidade.
Eu também não poderia deixar de agradecer a pessoa que tão generosamente tornou esse encontro possível, a Rosa Colman, uma amiga de infância que tive a felicidade de reencontrar alguns meses atrás, que faz um excelente trabalho junto às tribos indígenas no Mato Grosso do Sul e que fez a ligação entre o World Body Project e a aldeia Te'yikue.
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